A gripe suína refere-se à
gripe causada pelas estirpes de
vírus da gripe, chamadas vírus da gripe suína, que habitualmente infectam
porcos, onde são endémicas.
[2] Em 2009 todas estas estirpes são encontradas no
vírus da gripe C e nos subtipos do
vírus da gripe A conhecidos como
H1N1,
H1N2,
H3N1,
H3N2, e
H2N3.
Em seres humanos, os sintomas de gripe A (H1N1) são semelhantes aos da
gripe e
síndroma gripal em geral, nomeadamente calafrios,
febre,
garganta dolorida,
dores musculares,
dor de cabeça forte,
tosse,
fraqueza, desconforto geral, e em alguns casos,
náusea,
vômito e
diarreia..
[3]O vírus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de vírus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação através da alimentação de carnes suínas cozidas. Cozinhar a carne de porco a 71
°C mata o vírus da influenza, assim como outros vírus e bactérias.
[4]Índice[
esconder]
1 Gripe suína zoonótica2 Influenza A (H1N1)2.1 Progressão, sintomas e tratamento2.2 Grupos de risco2.3 Formas de contágio2.4 Surto de gripe suína de 20092.5 Vacina3 Referências4 Ver também5 Ligações externas//
[
editar] Gripe suína zoonótica
A gripe suína é endémica em porcos
A gripe suína é comum em porcos da região centro-oeste dos Estados Unidos da América (e ocasionalmente noutros estados), no México, Canadá, América do Sul, Europa (Incluindo o Reino Unido, Suécia e Itália), Quénia, China continental, Taiwan, Japão e outras partes da Ásia oriental.
[2]O vírus da gripe suína causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os
suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afeta humanos; no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma directa ou indirecta, através das secreções respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo vírus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal.
Os suínos podem igualmente ser infectados pelo vírus da
influenza humana - o que parece ter ocorrido durante a
gripe de 1918 e o
surto de gripe A (H1N1) de 2009 - assim como pelo vírus da influenza aviário. A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é comum e carne de porco correctamente cozida não coloca risco de infecção. Quando transmitido, o vírus nem sempre causa
gripe em humanos, e muitas vezes o único sinal de infecção é a presença de
anticorpos no sangue, detectáveis apenas por testes laboratoriais.
Quando a transmissão resulta em gripe num ser humano, é designada gripe suína
zoonótica. As pessoas que trabalham com porcos, sujeitas a uma exposição intensa, correm o risco de contrair gripe suína. No entanto, apenas 50 transmissões desse género foram registadas desde meados do
século XX, quando a identificação de subtipos de gripe se tornou possível. Raramente, estas estirpes de gripe suína podem ser transmitidas entre seres humanos.
[
editar] Influenza A (H1N1)
[
editar] Progressão, sintomas e tratamento
Diagrama dos sintomas da gripe A (H1N1) no
ser humano.1- Corpo em geral -
febre2- Psicológico -
letargia, falta de apetite3-
Nasofaringe -
rinorreia, dor de garganta4-
Sistema Respiratório -
tosse5- Gástrico -
náuseas, vómitos6- Intestino -
diarréia.
[5]Assim como a gripe
humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse,
coriza, dores de garganta e dificuldades respiratórias.
[6] Esse novo surto, aparentemente, também causa mais
diarreia e vômitos que a gripe convencional.
De acordo com a
OMS, os medicamentos antivirais
oseltamivir e
zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1.
[7]Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença.
[8] Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como hidratação corporal, alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a contaminação, 5 dias após o início dos sintomas, o paciente deve evitar sair de casa pois este é o período de transmissão da gripe A.
[9]Algumas organizações religiosas também orientaram aos fiéis evitar abraços, apertos de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do vírus durante os cultos religiosos.
[10][
editar] Grupos de risco
Desde que as mortes em decorrência a gripe suína foram identificadas alguns grupos de risco foram observados. São eles
[11]:
GestantesIdosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma situação especial pois os idosos tem sido poupados de morte.
Crianças (menores de 2 anos)
Doentes crônicos
Problemas cardiovasculares, exceto
hipertensosAsmáticosPortadores de
doença obstrutiva crônicaProblemas
hepáticos e
renaisDoenças metabólicas
Doenças que afetam o sistema imunológico
Obesos[
editar] Formas de contágio
Imagem de
microscópio eletrónico de uma coloração negativa de um
vírus de gripe
H1N1 rearranjado.
A contaminação se dá da mesma forma que a
gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de
porco a 70
graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus
mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.
[
editar] Surto de gripe suína de 2009
Ver artigo principal:
Surto de gripe A (H1N1) de 2009Passageiros do
metrô na
Cidade do México usando máscaras de proteção em
24 de Abril de 2009.
O
surto de gripe suína de 2009 em humanos, oficialmente denominado como gripe A (H1N1) (
português europeu) ou influenza A (H1N1) (
português brasileiro),
[12] e inicialmente conhecido como gripe mexicana,
[13] gripe norte-americana,
[14] influenza norte-americana
[15] ou nova gripe,
[13] deveu-se a uma nova estirpe de
influenzavirus A subtipo H1N1 que continha genes relacionados de modo muito próximo à gripe suína.
[16] A origem desta nova estirpe é desconhecida. No entanto, a
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) anunciou que esta estirpe não foi isolada em porcos.
[14][17] Esta estirpe transmite-se de humano para humano,
[18] e causa os sintomas habituais da gripe.
[19][
editar] Vacina
Existe uma
vacina para porcos, mas nenhuma para humanos.
[20] A vacina contra a gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O
Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz
[21] e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) vem investigando formas de tratamento.
O
Instituto Butantan, em
São Paulo, está colaborando com a
Organização Mundial de Saúde em uma pesquisa para elaborar uma vacina contra a gripe suína e prevê finalizar o processo dentro de quatro a seis meses.
[22]Todavia, segundo Karl Nicholson, da
Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, se o vírus evoluir para uma pandemia, a primeira
onda vai chegar e irá embora antes que uma vacina tenha sido produzida.
[23]Pesquisadores do
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) mapearam as sequências genéticas dos primeiros vírus influenza A (H1N1) a chegarem ao Brasil, que foram, segundo o
Ministério da Saúde, coletados de quatro pacientes: dois do
Rio de Janeiro, um de
Minas Gerais e um de
São Paulo. Segundo uma análise preliminar, o vírus encontrado nos casos brasileiros é idêntico ao que circula em outras localidades. Segundo Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, o
sequenciamento genético é fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de
diagnóstico.